Em 26 de março, o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu uma liminar de suspensão das operações do Aquático SP. Assim, o prefeito Ricardo Nunes ficou proibido de inaugurar o novo modal de transporte.
Nas redes sociais, os moradores de Pedreira, Estrada do Alvarenga e Cantinho do Céu Grajaú publicaram uma nota chamando o ato. A manifestação está prevista para 10h desta terça-feira, 02 de abril, em frente ao Terminal Hidroviário Mar Paulista.
A liminar da Justiça atendeu uma ação do Ministério Público que alegou que a Prefeitura apresentou estudos inconsistentes sobre impactos ambientais do modal. Desse modo, o sistema, que deveria começar a atender a cidade em 28 de março, ainda está paralisado.
Em nota, os moradores mostram-se “indignados” com a decisão da Justiça. Além disso, o grupo alega que a decisão “prejudica a mobilidade e o avanço nas melhorias da região”.
De acordo com a publicação nas redes sociais, a população aguarda pela inauguração. Afinal, o projeto é esperança para a comunidade que perde horas de deslocamento no trânsito “devido ao excesso de carros e ônibus nas vias principais”.
Como seria a operação do ônibus aquático
O projeto da Prefeitura prevê um sistema de transportes aquaviário na Represa Billings. Portanto, o chamado “ônibus aquático” não estaria sujeito à quantidade de veículos no trânsito, por exemplo.
A operação do sistema seria realizada pela empresa de ônibus Transwolff. Quando inaugurada, ligaria o Cantinho do Céu à Pedreira, na zona Sul da capital paulista.
Com um percurso de 5,6 km, levaria cerca de 30 minutos para chegar de uma ponta à outra. O tempo já considera o embarque e o trajeto.
Hoje, os bairros são ligados por um trajeto de quase 18 km. Assim, são cerca de 1h20 no trânsito ou duas linhas de ônibus. Por esse motivo, a população espera pela liberação do projeto.
Além da economia de tempo, o valor cobrado para as viagens será de R$ 4,40. Outra informação que a Prefeitura já divulgou é que o primeiro transporte hidroviário público da cidade de São Paulo deve aceitar Bilhete Único. Com isso, também pode ter integração com os demais modais, como ônibus e até mesmo trem ou metrô.
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o projeto prevê duas embarcações para transporte de passageiros, com capacidade para 60 usuários sentados. Cada uma deve possuir duas portas laterais exclusivas para as operações de embarque e desembarque de passageiros, espaço para três cadeirantes e banheiro acessível.
Além disso, as embarcações precisam contar com espaço para acomodação de bicicletas, ar-condicionado e tomada USB. Os veículos devem obedecer às normas aplicáveis da Autoridade Marítima (Normam).