Muitas pessoas degustam vinhos sem saber características realmente relevantes sobre eles. Marco Antônio Carbonari explica que isso pode ser um problema se seu objetivo é harmonizar o vinho com outros alimentos e, claro, com seu paladar. Sendo assim, ele explica, neste artigo, uma característica importante a ser considerada: o vinho seco ou o vinho suave?
- Vinho seco
O vinho seco caracteriza-se, principalmente, pela quantidade de glicose que possui em sua composição. Dessa forma, para ele ser caracterizado como tal, deve possuir, no máximo, 4 mg/L de açúcar. Esse, por sua vez, é residual: aquilo que sobra do processo de fermentação, ou seja, aquele açúcar que não se transformou em álcool.
Além disso, explica Marco Antônio Carbonari, para o vinho seco são utilizadas uvas mais nobres, as chamadas uvas viníferas. Isso implica diretamente no tipo do vinho, apesar de não ser o único fator. Além disso, o uso dessas uvas também caracteriza a boa qualidade do vinho seco.
- Vinho suave
O vinho suave, no entanto, possui esse nome justamente pelo oposto que acontece no vinho seco, ou seja, possui mais açúcar em sua composição. Isso acontece porque o processo de fermentação desses pode ser interrompido, resultando em pouco açúcar convertido em álcool e mais açúcar residual. No entanto, em algumas produções de vinhos, o açúcar é acrescentado após o processo de fermentação.
Outro ponto importante é a utilização da uva na produção dos vinhos suaves, explica Marco Antônio Carbonari. Na prática, a produção desses vinhos não exclui o uso de uvas mais finas, as viníferas, mas, geralmente, as uvas utilizadas são aquelas mais parecidas com as que se consomem em casa.
Conclusão
Em resumo, Marco Antônio Carbonari explica que os vinhos suaves tendem a ter menos qualidade que os vinhos secos, já que é mais difícil de harmonizá-los com os alimentos, por ter alta concentração de açúcar e por não ser possível sentir o sabor da uva tão bem como nos vinhos secos.