Programa com foco na formação em tecnologia forma 150 alunos

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A Prefeitura de São Paulo formou nesta terça-feira, 25 de junho, 150 alunos no programa Juventude, Trabalho e Fabricação Digital, do primeiro semestre de 2024. A iniciativa integra o programa Bolsa Trabalho que conta com cursos nas áreas do audiovisual, tecnologia e administração, disponibilizando 6 mil vagas por ano para jovens em vulnerabilidade social. Para incentivar a permanência na escola, os participantes contam com bolsa-auxílio que varia entre R$ 730,71 a R$ 1.623,80, dependendo da carga horária.

Os formandos do programa Juventude, Trabalho e Fabricação Digital, que ocorre em ação intersecretarial entre as pastas de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Direitos Humanos e Cidadania e de Inovação e Tecnologia, estudaram no Fab Lab Livre SP, uma rede de 13 laboratórios públicos de prototipagem rápida de objetos, que proporcionam o acesso a ferramentas de fabricação digital aos seus usuários, como impressoras 3D, cortadora a laser, fresadora CNC, computadores com software de desenho digital CAD, equipamentos de eletrônica e robótica, ferramentas de marcenaria e mecânica.

“O Bolsa Trabalho contava com cerca de 300 vagas em 2017, atualmente ofertamos 6 mil. Os projetos também foram ampliados com atuação em tecnologia, administração e economia criativa. São mais oportunidades de geração de renda e qualificação profissional que foram possíveis com um trabalho intenso da atual gestão, refletindo em investimento no programa. Esse trabalho permitiu que agora também sejam atendidos jovens da faixa etária dos 14 anos 29 anos, que poderão ter as mesmas oportunidades dos que hoje se formam”, salienta o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Armando Junior.

A formatura ocorreu no Expo Center Norte, junto à Feira Tech Trends, evento composto por exposição e painéis de debates sobre tecnologia. A SP Negócios e a Ade Sampa marcaram presença com mais de 20 startups, que contam com o apoio de aceleração da administração municipal. Os bolsistas tiveram a oportunidade de visitar e expor seus projetos de finalização de curso no evento, que ocorre até essa quarta-feira (26). Durante a feira, os alunos receberam seus certificados e apresentaram seus projetos inovadores para o público presente no evento.

O projeto de Marcos Vinicius, 16 anos, um dos formandos do Bolsa Trabalho, consiste em um protótipo de equipamento voltado para a mobilidade urbana de pessoas com deficiência visual. O jovem identificou a dificuldade que pessoas cegas tem para atravessar a rua, devido a impossibilidade de saber se o semáforo está ou não aberto. “Eu penso que em um semáforo, as pessoas que são cegas enfrentam grande dificuldade para atravessar. Nem sempre alguém está a disposição para ajudar, por isso decidi que meu projeto de finalização de curso seria esse, ajudar as pessoas”, declara Marcos Vinicius. O garoto elaborou um sistema de modulo vibratório a ser implantado próximos as faixas de pedestre, que orienta os deficientes visuais por meio do tato, com módulos de vibração que indicam se o sinal está aberto ou fechado por meio de sua frequência.

Davi Andrade, outro bolsista que estava se formando apresentou um projeto pensando para ajudar comunidades que enfrentam alagamentos frequentes, por meio de um monitoramento com sensores que indicam, caso o nível de volume de um rio suba, acionando imediatamente autoridades responsáveis. “Para o projeto do Bolsa Trabalho, fizemos essa maquete que representa uma vila de periferia, que pode ser muito beneficiada com o monitoramento constante de córregos e bueiros”, declara.

Sobre o Bolsa Trabalho

O Bolsa Trabalho é voltado para jovens entre 16 a 20 anos, em situação de vulnerabilidade social, oferecendo-os capacitação durante 6 horas diárias na área digital, ensinando formação teórico-práticas para o mundo do trabalho, cidadania ativa, formação técnica e vivência nos Laboratórios Públicos de Fabricação Digital – Fablab Livre, além de ser ofertada uma bolsa auxílio de R$730,71 para os participantes. Para participar do programa é necessário estar matriculado na Rede Municipal de Ensino de São Paulo, ser residente e domiciliado no Município de São Paulo há mais de dois anos, estar desempregado há mais de seis meses, ter renda familiar mensal de até ½ salário mínimo e não estar recebendo seguro desemprego.

 

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